segunda-feira, 26 de abril de 2010
Downlods de Livros e contextos "1º semestre 2010"
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Max Weber
Maximillian Carl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. A esposa de Max Weber, Marianne Weber, era socióloga e historiadora do Direito.
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Biografia
Foi o primogênito de oito filhos de Max Weber e Helene Fallenstein. Seu pai, protestante, era uma figura autocrata. Sua mãe uma calvinista moderada. A mãe de Helene tinha sido uma huguenote , francesa, cuja família fugira da perseguição na França. Ele foi, juntamente com Karl Marx, Vilfredo Pareto e Émile Durkheim, um dos modernos fundadores da Sociologia. É conhecido sobretudo pelo seu trabalho sobre a Sociologia da religião.De importância extrema, Max Weber escreveu A ética protestante e o espírito do capitalismo. Este é um ensaio fundamental sobre as religiões e a afluência dos seus seguidores. Subjacente a Weber está a realidade econômica da Alemanha do princípio do século XX.
Significante, também, é o ensaio de Weber sobre a política como vocação. Weber postula ali a definição de estado que se tornou essencial no pensamento da sociedade ocidental: que o Estado é a entidade que possui o monopólio do uso legítimo da ação coercitiva. A política deverá ser entendida como qualquer actividade em que o estado tome parte, de que resulte uma distribuição relativa da força.
A política obtém assim a sua base no conceito de poder e deverá ser entendida como a produção do poder. Um político não deverá ser um homem da "verdadeira ética católica" (entendida por Weber como a ética do Sermão da Montanha - ou seja: oferece a outra face). Um defensor de tal ética deverá ser entendido como um santo (na opinião de Weber esta visão só será recompensadora para o santo e para mais ninguém). A esfera da política não é um mundo para santos. O político deverá esposar a ética dos fins últimos e a ética da responsabilidade, e deverá possuir a paixão pela sua actividade como a capacidade de se distanciar dos sujeitos da sua governação (os governados).
Quanto às relações entre a cultura protestante e o "espírito do capitalismo", pode-se dizer, de maneira esquemática, que estão relacionadas principalmente com a doutrina da predestinação e da comprovação — entendidas aqui, respectivamente, como a ideia de que Deus decretou o destino dos homens desde a criação e a ideia de que certos sinais da vida cotidiana podem indicar quais são os eleitos por Deus e quais os danados. Conquanto, para os católicos, há certos elementos atenuantes que permitem ao crente cometer certos deslizes, para os protestantes, sobretudo os calvinistas, a exigência de uma comprovação de que se é eleito impõe vastas restrições à liberdade do fiel, de modo a levar a uma total racionalização da vida. Essa racionalização, entendida como uma "ascese intramundana" — isto é, uma visão de mundo que propõe a iluminação através da santificação de cada ato particular do cotidiano —, abre um campo para o enaltecimento do trabalho, visto como a marca da santificação. É essa característica que permite a articulação entre a ética protestante, por um lado, e o espírito do capitalismo, por outro.
Weber também é conhecido pelo seu estudo da burocratização da sociedade. No seu trabalho, Weber delineia a famosa descrição da burocratização como uma mudança da organização baseada em valores e acção (a chamada autoridade tradicional) para uma organização orientada para os objectivos e acção (chamada legal-racional). O resultado, segundo Weber, é uma "noite polar de frio glacial" na qual a crescente burocratização da vida humana a coloca numa gaiola de metal de regras e de controle racional. Seus estudos sobre a burocracia da sociedade tiveram grande importância no estudo da Teoria da Burocracia, dentro do campo de estudo da [[Administração|administração de empresas
Max Weber morreu de pneumonia em Munique, Alemanha, a 14 de Junho de 1920 com 56 anos.
A principal ideia de Max Weber era discordar da abordagem tradicional, mas suas objeções eram diferentes das de Durkheim.
Obra de Weber
A obra de Weber, complexa e profunda, constitui um momento da compreensão dos fenômenos históricos e sociais e, ao mesmo tempo, da reflexão sobre o método das ciências histórico-sociais. Historiador, sociólogo, economista e político, Weber trata dos problemas metodológicos com a consciência das dificuldades que emergem do trabalho efetivo do historiador e do sociólogo, sobretudo com a competência do historiador, do sociólogo, e do economista. Crítico da "escola historicista" da economia (Roscher, Knies e Hildebrandt), Weber reivindica contra ela, a autonomia lógica e teórica da ciência, que não pode se submeter a entidades metafísicas como o "espírito do povo" que Savigny, nas pegadas de Hegel, concebia como criador do direito, dos sistemas econômicos, da linguagem e assim por diante. Para Weber, o "espírito do povo" é produto de inumeráveis variáveis culturais e não o fundamento real de todos os fenômenos culturais de um povo.
Por outro lado, o pensamento de Weber caracteriza-se pela crítica ao materialismo histórico, que dogmatiza e petrifica as relações entre as formas de produção e de trabalho (a chamada "estrutura") e as outras manifestações culturais da sociedade (a chamada "superestrutura"), quando na verdade se trata de uma relação que, a cada vez, deve ser esclarecida segundo a sua efetiva configuração. E, para Weber, isso significa que o cientista social deve estar pronto para o reconhecimento da influência que as formas culturais, como a religião, por exemplo, podem ter sobre a própria estrutura econômica.
[editar] Análise teórica
Um dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação. A ação é um comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva e a ação social, característica por ser uma ação que possui um sentido visado e é determinado pelo comportamento alheio. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação (que são sociais):
- A ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte.
- A ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio.
- A ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.
- A ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática.
Tanto a ação afetiva quanto a tradicional produzem relação entre pessoas (relações pessoais), são coletivas, comunitárias, nos dão noção de comunhão e conceito de comunidade.
Observe-se que na concepção de Durkheim, a comunidade é anterior a sociedade, ou melhor, a comunidade se transforma em sociedade. Já para Weber comunidade e sociedade coexistem. A comunidade existe no interior da sociedade, como por exemplo, a família (comunidade) que existe dentro da sociedade.
Ação social é um comportamento humano, ou seja, uma atitude interior ou exterior voltada para ação ou abstenção. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui a sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas.
Para Weber a Sociologia é uma ciência que procura compreender a ação social. Por isso, considerava o indivíduo e suas ações como ponto chave da investigação evidenciando o que para ele era o ponto de partida para a Sociologia, a compreensão e a percepção do sentido que a pessoa atribui à sua conduta.
O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como dizia Durkheim. Aquele propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido e evidenciar irregularidade das condutas.
Com este pensamento, não possuía a ideia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua ideia é que no domínio dos fenômenos naturais só se podem aprender as regularidades observadas por meio de proposições de forma e natureza matemática. É preciso explicar os fenômenos por meio de proposições confirmadas pela experiência, para poder ter o sentimento e compreendê-las.
Weber também se preocupou muito com a criação de certos instrumentos metodológicos que possibilitassem ao cientista uma investigação dos fenômenos particulares sem que ele se perca na infinidade disforme dos seus aspectos concretos, sendo que o principal instrumento é o tipo ideal, o qual cumpriria duas funções principais: primeiro a de selecionar explicitamente a dimensão do objeto que virá a ser analisado e, posteriormente, apresentar essa dimensão de uma maneira pura, sem suas sutilezas concretas.
Para Weber, a ciência positiva e racional pertence ao processo histórico de racionalização, sendo composta por duas características que comandam o significado e a veracidade científica. Em que estas duas características são o não-acabamento essencial e a objetividade, em que esta, é definida pela validade da ciência para os que procuram este tipo de verdade, e pela não aceitação dos juízos de valor. Segundo ele o não-acabamento é fundamental, diferentemente de Durkheim que acredita que a Sociologia é edificada em um sistema completo de leis sociais.
Weber por sua vez defendia que para todas as disciplinas, tanto as ciências naturais como as ciências da cultura, o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao fim. A ciência é o devir da ciência. Seria necessário que a humanidade perdesse a capacidade de criar para que a ciência do homem fosse definitiva.
A objetividade do conhecimento é possível, desde que se separe claramente o conhecimento empírico da ação prática. Segundo Weber essa é uma atitude que depende de uma decisão individual do pesquisador, ou seja, os cientistas devem estar dispostos a buscar essa objetividade.
Na concepção dos autores Weber e Durkheim, há uma separação entre ciência e ideologia. Para Weber também há uma separação entre política e ciência, pois a esfera da política é irracional, influenciada pela paixão e a esfera da ciência é racional, imparcial e neutra. O homem político apaixona-se, luta, tem um princípio de responsabilidade, de pensar as consequências dos atos. O político entende por direção do Estado, correlação de força, capacidade de impor sua vontade a demais pessoas e grupos políticos. É luta pelo poder dentro do Estado. Já o cientista deve ser neutro, amante da verdade e do conhecimento científicos, não deve emitir opiniões e sim pensar segundo os padrões científicos, deve fazer ciência por vocação. Se o cientista apaixonar-se pelo objeto de sua investigação não será nem imparcial nem objetivo. Para Durkheim política é a relação entre governantes e governados.
Entretanto, na concepção de Marx não se podem dissociar ciência e ideologia, pois para ele ideologia faz parte da ciência. Segundo ele ciência é ciência porque explica o objeto tal como ele é, porém o conhecimento não é neutro. Política para este também é luta, mas não de indivíduos como para Weber, é, sim, luta de classes.
A sociologia de Max Weber se inspira em uma filosofia existencialista que propõe uma dupla negação. Nega Durkheim quando afirma que nenhuma ciência poderá dizer ao homem como deve viver, ou ensinar às sociedades como se devem organizar. Mas também nega Marx quando diz que nenhuma ciência poderá indicar à humanidade qual é o seu futuro. A ciência weberiana se define como um esforço destinado a compreender e a explicar os valores aos quais os homens aderiram, e as obras que construíram. Ele considera a Sociologia como uma ciência da conduta humana, na medida em que essa conduta é social.
Weber fundamenta sua definição de valores na filosofia neokantiana, que propõe a distinção radical entre fatos e valores. Os valores não são do plano sensível nem do transcendente, são criados pelas desilusões humanas e se diferem dos atos pelos quais o indivíduo percebe o real e a verdade. Para Weber, há uma diferença fundamental entre ciência e valor: valor é o produto das intenções, diferentemente de Durkheim que acreditava encontrar na sociedade o objeto e o sujeito criador de valores. Weber o contesta dizendo que as sociedades são meios onde os valores são criados, mas ela não é concreta.
Se a sociedade nos impõe valores, isso não prova que ela seja melhor que as outras. Sobre o Estado, o conceito científico atribuído por Weber constitui sempre uma síntese realizada para determinados fins do conhecimento. Mas por outro lado obtemo-lo por abstração das sínteses e encontramos na mente dos homens históricos.
Apesar de tudo, o conteúdo concreto que a noção histórica de Estado adota poderá ser apreendido com clareza mediante uma orientação segundo os conceitos do tipo ideal. O Estado é um instrumento de dominação do homem pelo homem, para ele só o Estado pode fazer uso da força da violência, e essa violência é legítima, pois se apóia num conjunto de normas (constituição). O Estado para Durkheim é a instituição da disciplina moral que vai orientar a conduta do homem.
Religião também foi um tema que esteve presente nos trabalhos de Weber. "A ética protestante e o espírito do capitalismo" foi a sua grande obra sobre esse assunto. Nesse seu trabalho ele tinha a intenção de examinar as implicações das orientações religiosas na conduta econômica dos homens, procurando avaliar a contribuição da ética protestante, em especial o calvinismo, na promoção do moderno sistema econômico.
Weber concebia que o desenvolvimento do capitalismo devia-se em grande parte à acumulação de capital a partir da Idade Média. Mas os pioneiros desse capitalismo pertenciam a seitas puritanas e em função disso levavam a vida pessoal e familiar com bastante rigidez. As convicções religiosas desses puritanos os levavam a crer que o êxito econômico era como uma bênção de Deus. Aquele definia o capitalismo pela existência de empresas cujo objetivo é produzir o maior lucro possível, e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção. É a união do desejo do lucro e da disciplina racional que constitui historicamente o capitalismo.
Seguidores
Cronologia
- 21 de Abril de 1864 - Max Weber nasce em Erfurt. Os pais são o jurista e mais tarde deputado do parlamento imperial (Reichstag) pelo partido nacional-liberal, Max Weber e Helene (nascida na família Fallenstein)
- 1882-1886 - estudos de Direito, Economia Nacional, Filosofia e História
- 1889 - doutoramento em Direito
- 1892 - habilitação em direito canónico romano e direito comercial (em Berlim)
- 1893 - obteve uma posição temporária na Universidade de Berlim. Casamento com Marianne Schnitger (1870-1954), que será mais tarde activista pelos direitos da mulher e socióloga
- 1894 - assume a posição de professor de Economia na Universidade de Freiburg
- 1897 - professor de Economia Nacional na Universidade de Heidelberg
- 1898 - em virtude de uma crise familiar, Weber sofre um colapso nervoso e abandona o trabalho académico, sendo internado periodicamente até 1903
- 1904 - regressa à actividade profissional. Actividade redactorial no jornal "Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik", que se tornou o jornal líder da ciência social alemã. Weber fez neste ano uma viagem aos Estados Unidos, onde deu aulas
- 1907 - recebe uma herança que o liberta de quaisquer preocupações financeiras
- 1909 - é co-fundador da sociedade Alemã de Sociologia
- 1914-1918 - Primeira guerra mundial, em 1914, Weber acolhe entusiasticamente o início da Guerra (um nacionalismo militarista muito comum na altura, partilhado entre outros por Thomas Mann). Inscreveu-se como voluntário no exército (Reichswehr). Em 1915 mudou de ideias, tornando-se um pacifista
- 1917 - nos Colóquios de Lauenstein apela à continuação da guerra, ao mesmo tempo defendendo o retorno ao parlamentarismo
- 1918 - co-fundador do partido democrático alemão (Deutsch-Demokratische Partei; o DDP)
- 1919 - convocado como conselheiro para a delegação alemã na conferência do Tratado de Versalhes. Foi também nomeado professor de economia nacional na Universidade de Munique
- 14 de Junho de 1920 - morre em Munique vítima de uma pneumonia.
Referências
- Nova Enciclopédia Barsa.
- WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Ed. Atlas, 1979.
- WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais. São Paulo: Cortez e Editora UNICAMP, 1992. (2 volumes)
- WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa; revisão técnica de Gabriel Cohn, 3ª edição, Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1994.
- WEBER, Max. Ciência e Política : duas vocações. São Paulo: Ed.Cultrix, 2000.
- WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2003.
- WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2003.
- WEBER, Max. A ética protestante e o espírito capitalista. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO
O mundo é feito de átomos - prótons, nêutrons e forças contrárias que se associam, energia e tudo o mais. Mas existe uma fonte de energia de que o ser humano necessita para ter uma vida plena em sociedade é a energia C, esta possui inúmeras variações, por exemplo CF, CE, CA, CM e CP, e várias outras combinações, depende dos elementos utilizados, ou seja, CARINHO DE FILHO(a), CARINHO DE ESPOSO (a), CARINHO DE AMIGO(a), CARINHO DE MÃE, CARINHO DE PAI. Essa é a energia mais pura de que se ouviu falar, nos fortalece, nos ampara, salva vidas, recupera de doenças e principalmente ENBOBRECE OS HOMO SAPIENS.
Essa energia é acessível, inesgotável, é só ter vontade e disposição para usá-la. O dia mais sombrio e nebuloso transforma-se em dia primaveril depois de usar e abusar da energia C.
Pretendo que ao conhecer as formas de organização da sociedade, cada pessoa possa usufruir de sua condição de cidadão tornando-se mais humano, menos "umbiguista", ou seja mais preocupado com o todo e não só com seu umbigo, pois este é o grande mal do século, nos preocupamos apenas no ter, e na razão, e nos esquecemos do ser e da emoção.
Acredito, desejo que a ENERGIA C seja mais utilizada, mais vivenciada, só podemos estar no mundo se tivermos conhecimento de como este globo terrestre tão cheinho de gente se organiza, assim poderemos nos conhecer melhor e principalmente nos RELACIONARMOS MELHOR.
Eu espero que de alguma forma este texto contribua para teu crescimento. Mãos a obra, o teu trabalho começa agora..
Texto produzido pela professora Cida Azzolin
Ciência
Ficamos felizes com o desenvolvimento da medicina, mas, por outro lado, preocupamo-nos com o número de nascimentos e com o fato de já não morrermos de certas doenças. Ou ainda, com base no próprio conhecimento das bactérias, há, porventura, laboratórios secretos onde se trabalha para desenvolver bactérias para as quais será muito difícil descobrir cura. Agradecemos a capacidade que possuímos para comunicar entre as nações, mas preocupamo-nos imediatamente com a possibilidade de a nossa privacidade ser violada tão facilmente. Estamos excitados com a conquista do espaço; bem, também aí se nos depararão dificuldades. O mais famoso de todos estes balanços é o desenvolvimento da energia nuclear e os seus problemas óbvios.
Conceitos
Categoria - É o processo do conhecimento que vai do fenômeno à essência, do exterior para o interior. Do abstrato para o concreto.
Teoria - É o sistema do saber generalizado. É a explicação sistemática de determinado aspecto da realidade. Tem como premissa tornar claro o que antes era escuro. Para os cientistas, são regras práticas para solucionar problemas.
CONHECIMENTO
- È a relação entre a consciência e um objeto que se conhece.
- È o saber acumulado pelo homem atravês das gerações
- O conhecimento pode ser:
- Concreto: sujeito estabelece relação
- Com o objeto individual
- Abstrato: relação estabelecida com um objeto geral, universal
- Senso Comum – Imediatista popular.
- Cientifico – É um conhecimento sistematizado necessita de pesquisa de teoria para ser testado comprovado.
Definição de Ciência
A ciência significa umas vezes um método especial de descobrir coisas, outras o corpo de conhecimentos resultante dessas descobertas. Pode também significar as novas coisas…quando se descobre algo, ou mesmo a realização dessas novas coisas. A este último campo chama-se habitualmente tecnologia – mas, se costumam ver a secção de tecnologia da revista Time, sabem que, aproximadamente, 50% cobrem as novas coisas que foram descobertas e outros 50% as novas coisas que podem ou estão a ser feitas.
Discutirei estes três aspectos da ciência por ordem inversa. Começarei com as coisas novas que podem fazer-se – isto é, com a tecnologia. A característica mais óbvia da ciência é a sua aplicabilidade, o fato de, como conseqüência da ciência, temos poder para fazer coisas, e o efeito que este poder tem produzido. Toda a revolução industrial teria sido praticamente impossível sem o desenvolvimento da ciência. A possibilidade que hoje temos de produzir quantidades de alimentos suficientes para alimentar uma população tão grande, de controlar as doenças – o mero fato de poderem existir homens livres sem que haja a necessidade de recorrer à escravatura para aumentar a produção - é, provavelmente, o resultado do desenvolvimento de meios de produção científicos.Mas este poder para fazer coisas não traz consigo instruções sobre o modo como deve ser utilizado, se deve sê-lo para o bem ou para o mal. O resultado deste poder é, pois, bom ou mau consoante a forma como é usado. Gostamos de aumentar a produção, mas temos problemas com a automatização.
Ficamos felizes com o desenvolvimento da medicina, mas, por outro lado, preocupamo-nos com o número de nascimentos e com o fato de já não morrermos de certas doenças. Ou ainda, com base no próprio conhecimento das bactérias, há, porventura, laboratórios secretos onde se trabalha para desenvolver bactérias para as quais será muito difícil descobrir cura. Agradecemos a capacidade que possuímos para comunicar entre as nações, mas preocupamo-nos imediatamente com a possibilidade de a nossa privacidade ser violada tão facilmente. Estamos excitados com a conquista do espaço; bem, também aí se nos depararão dificuldades. O mais famoso de todos estes balanços é o desenvolvimento da energia nuclear e os seus problemas óbvios.
Pesquisar - É fazer ciência. É fazer desco-bertas construindo novos conhecimentos.
Cultura - É um processo social resultante de uma aprendizagem.
Cada sociedade transmite às novas gerações o patrimônio cultural que recebeu de seus antepassados, ou seja, sua herança cultural.
Ideologia – Conjunto de crenças que leva uma pessoa a agir.
Classe social: é um termo utilizado para classificar pessoas segundo seu poder aquisitivo, ou seja, o seu poder econômico.
- Práxis: conjunto de atividade humana. Encontra a sua finalidade em seu próprio fazer.
- Semiótica: arte dos sinais. É a ciência dos signos (imagens, gestos, ritos).
- Complexo: é o que é tecido junto.
Correntes de pensamentos
Liberalismo: valoriza a liberdade individual. Preconizava o desenvolvimento moral, intelectual e político da sociedade.
Cientificismo: reconhece uma só lei natural que engloba e explica todos os fatos e valores do mundo.
Desigualdade: deriva de um tipo de privação social.
ex: Pessoas ricas/pobres. Isso não significa que elas sejam diferentes, mas a condição de ser rica ou pobre as posiciona em lugares sociais distintos.
Respeito a alteridade
É aceitar as nossas diferenças como iguais. Reconhece o outro (individual e coletivamente) em toda a sua diversidade
Indivíduo: Pessoa livre, autônoma, consciente do seu "status" e do seu "papel“. Integra-se naturalmente no corpo social, onde busca realizar-se, cônscia dos seus direitos e também de seus deveres.
Povo: Conjunto de pessoas concientizadas de seus direitos e responsabilidades, integradas em seus grupos sociais.
Massa: Nome dado à multidão de indivíduos.
O Iluminismo: é uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
Positivismo: é, segundo Comte, uma doutrina filosófica, sociológica e política.
Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial.
Propõe à existência valores humanos, afastando a teologia e a metafísica.
Lei Dos Três Estados
Estado Teológico - Tudo tem origem no sobrenatural, o mundo e a humanidade foram explicados nos termos dos deuses e dos espirítos
Estado Metáfisico - Tem origem na razão, na natureza, a explanação estavam nos temos das essências, de causas finais.
O Estado Positivo – A ciência substitui a razão, predomínio do intelectual.
Paradigma
É visto como sinônimo de modelo.
Segundo Thomas Kuhn paradigmas são “realizações reconhecidas durante algum tempo por uma comunidade científica específica, proporcionando os fundamentos para sua prática posterior”.
É um modelo explicativo que pode ser continuamente reformulado.
Poesia
De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre a começar, a certeza de que é preciso continuar, e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.
Portanto, devemos: fazer da interrupção um caminho novo, da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, do sonho, uma ponte, da procura, um encontro."
Fernando Sabino
Sou Grata
A todos os contatempos de minha vida pois foram eles que me fizeram sentir a presença de um ser transcedente que chamo de DEUS em minha vida, não lá no ceu, como algo inatingivel, mas um amigo um pai.Longa conversa tivemos, tantos conselhos.......
Assim tornei-me um ser humano melhor, mais forte, mais humano e resilliente.
Passei acreditar que a luta só existe si é sustentada pela esperança da vida.
Para refletir
Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma... Todo o universo conspira a seu favor!"
Goethe
CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Tem seu ponto de partida na Grécia (pré-história do pensamento social). Exemplos dessa embrionagem são os historiadores, poetas, filósofos, juristas e oradores que procuravam meios de dar ao homem possibilidades de conhecer os mecanismos da vida social, mas num estado ainda amorfo (sem forma) de ciência;
Desenvolve-se também entre os árabes e romanos;
Desagregação do feudalismo e surgimento do capitalismo;
Desponta na eclosão do Renascimento: substitui a visão sacra pela racional – homem torna-se agente social e histórico;
Nova postura do homem ocidental diante da natureza e do conhecimento;
Novos valores, diferentes daqueles vigentes na Idade Média, pois adequavam-se ao “espírito do capitalismo”;Instalava-se uma sociedade baseada na distinção pela posse de riqueza e não pela origem, nome e propriedade fundiária;
Enquanto na Idade Média a Igreja Católica considerava pecaminosa a atividade lucrativa, no capitalismo, o lucro tornou-se a principal atividade;
Liberto da tutela da Igreja católica, o homem se sente livre para pensar e criticar a realidade que vê e vivencia. Passam a questionar e dissecar a realidade social;
Emerge uma nova classe social: a burguesia comercial;
Na esteira desses acontecimentos temos um conjunto de intelectuais que começam a tematizar esta situação e preparar o arcabouço para a interpretação desta nova realidade emergente:
Thomas Morus escreve a “Utopia”;
Maquiavel faz de O Príncipe um manual de ação política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder. É considerado o fundador da Ciência Política.
Atividade
O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.
Maquiavel
"Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento.“ [ Maquiavel ]
"Poucos vêem o que somos, mas todos vêem o que aparentamos." [ Maquiavel ]
O pensamento social no Renascimento se expressa na criação imaginária de mundos ideais através da literatura, pintura, filosofia, que mostrariam como a realidade deveria ser, sugerindo entretanto, que tal sociedade seria construída pelos homens com sua ação e não pela crença ou fé;
Desenvolvem-se a ciência e a tecnologia, exigindo da sociedade tomar medidas urgentes ao desenvolvimento científico: melhorar as condições de vida; ampliar a expectativa de sobrevivência humana a fim de engrossar as fileiras de consumidores e, principalmente, de mão-de-obra disponível; mudar os hábitos sociais e formar uma mentalidade receptiva às inovações técnicas;
Reforma: crise na unidade do pensamento religioso;
Todas essas mudanças de valores, avanços tecnológicos, melhores condições de vida, levou a um surto de idéias conhecido pelo nome de Ilustração ou Iluminismo.
O pensamento da Ilustração pode ser dividido em dois grupos: os filósofos e os economistas.
Os filósofos destacavam-se pela crítica social e política. Defesa da liberdade. Eliminar as instituições porque são irracionais e injustas, sendo um atentado à liberdade do homem;
Os economistas procuravam descobrir leis que regulassem a economia. Procuravam uma explicação racional para todas as coisas. Abriram caminho para a Revolução Francesa, pois puseram à mostra erros e vícios do Antigo Regime.
Revolução Francesa: a burguesia liberal vai se opor à aristocracia. (Liberal nessa época era quem apoiava a democracia. É o burguês esclarecido);
Vários aspectos da filosofia da Ilustração prepararam o surgimento das ciências sociais no século XIX. O primeiro deles foi a sistematização do pensamento científico. Os efeitos de novos inventos, como o pára-raios e as vacinas, o desenvolvimento da mecânica, da química e da farmácia, eram amplamente verificáveis e pareciam coroar de êxitos as atividades científicas;
Revolução Industrial: a descoberta de novas fontes de energia e os avanços científicos e tecnológicos vão trazer transformações radicais nos planos político, econômico e social, gerando conflitos, onde a intelectualidade vai se debruçar no estudo do funcionamento dessa sociedade, conhecendo suas leis, organização, procurando reestabelecer a “ordem e a paz” através da ciência.
A prática de elaboração dos projetos científicos para o desenvolvimento da indústria passa a ser aplicada à sociedade, pois sem um planejamento racional dos meios de transporte terrestres e marítimos, da distribuição e armazenamento dos produtos, da melhoria da infra-estrutura, todo o esforço produtivo estaria perdido.
A ciência se fundava, portanto, como um conjunto de idéias que diziam respeito à natureza dos fatos e aos métodos para compreendê-los. Por isso, as primeiras questões que os sociólogos do século XIX tentarão responder serão relativas à definição dos fatos sociais e ao método de investigação.
Dessacralização da Igreja e Sacralização da Ciência.
Toda essa nova mentalidade, reforçando a crença na materialidade da vida e no poder da ciência, orientou a formação da primeira escola científica do pensamento sociológico: o POSITIVISMO
Referências
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 1997.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982.
ASSISTENTE SOCIAL QUEM É?
CONHEÇA MELHOR A PROFISSÃO - SERVIÇO SOCIAL
PROFª ENIZIÊ PAIVA - CRISTIANE OLIVEIRA
O Serviço Social é uma profissão que requer formação universitária de quatro anos.
O profissional é denominado ASSISTENTE SOCIAL.
A profissão dispõe de órgãos que fiscalizam e orientam o exercício. profissional e defendem os interesses da sociedade em relação aos serviços prestados pelos Assistente Social
As primeiras escolas de Serviço Social surgiram no Brasil no final da década de 1930 quando desencadeou no país o processo de industrialização e urbanização.
Nas décadas de 40 e 50 houve um reconhecimento da importância da profissão, que foi regulamentada em 1957 com a Lei 3252.
Acompanhando as transformações da sociedade brasileira, a profissão passou por mudanças e necessitou de uma nova regulamentação: a Lei 8662/93.
Ainda em 1993 o Serviço Social instituiu um novo Código de Ética expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais e civis e políticos.
A prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas públicas e aos direitos da população.
Não pode haver qualquer tipo de descriminação no atendimento profissional.
Alguns princípios fundamentais obedecidos pelo assistente social
Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo
Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática.
Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento profissional.
O que faz o Assistente Social?
Realiza estudos e pesquisas para avaliar a realidade e emitir parecer social e propor medidas e políticas sociais.
Planeja, elabora e executa planos, programas e projetos sociais.
Presta assessorias e consultoria a instituições públicas e privadas e a movimentos sociais.
Orienta indivíduos e grupos, auxiliando na identificação de recursos e proporcionando o acesso aos mesmos.
Realiza estudos socioeconômicos com indivíduos e grupos pra fins de acesso a benefícios e serviços sociais.
Atua no magistério de Serviço Social e na direção de Unidade de ensino e Centro de estudos.
Onde trabalha o assistente social?
Os assistentes sociais trabalham no campo de políticas sociais com o objetivo de viabilizar os direitos da população na saúde, na educação,na previdência social, na habitação, na assistência social e na esfera do trabalho.
Atuam na Justiça nas Varas de Infância e Família e nas Instituições do Sistema Penal e Medidas Sócioeducativas para jovens em conflito com a lei.
Mais recentemente atuam em áreas como Recursos Humanos e Projetos de Responsabilidade Social de Empresas.
Um conjunto de Direitos e Deveres estão postos para o assistente social no seu Código de Ética profissional, dentre eles:
DIREITOS
Inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional.
Desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional.
Ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções.
Dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidades públicas ou privadas, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional.
Manter sigilo profissional para proteger o usuário em tudo aquilo que o Assistente Social tome conhecimento, como decorrência do exercício da atividade profissional.
DEVERES
Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes.
Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e conseqüências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos usuários, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos profissionais.
Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários.
Contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, o sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados
Empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos usuários, através dos programas e políticas sociais.
Denunciar, no exercício profissional, às entidades de organização de categoria, às autoridades e aos órgãos competentes, casos de violação de Direitos Humanos, quanto a: corrupção, maus tratos, torturas, ausência de condições mínimas de sobrevivência, discriminação, preconceito, abuso de autoridade individual e institucional, qualquer forma de agressão ou falta de respeito à integridade física, social e mental do cidadão.
Respeitar a autonomia dos movimentos populares e das organizações dos trabalhdores.
É VEDADO AO ASSISTENTE SOCIAL
Praticar e ser conivente com condutas anti-éticas,crimes ou contravenções penais na prestação de serviços sociais.
Acatar determinação institucional que tira os princípios e diretrizes do Código de Ética profissional.
Revelar sigilo profissional.
MITOS SOBRE A PROFISSÃO
FALSO = o trabalho do assistente social é voluntário, exercido de forma gratuita.
VERDADEIRO= o assistente social é um profissional de Serviço Social que exerce seu trabalho de forma remunerada, nas organizações públicas e privadas, com competência e atribuições específicas, para atuação em diferentes áreas.
FALSO= Assistente Social é a moça boazinha que ajuda as pessoas.
VERDADEIRO= O Serviço Social é uma profissão de homens e mulheres, que atuam na realidade social através do atendimento das demandas, elaboração de pesquisas e construção de propostas que visam o atendimento às necessidades sociais da população. A associação da “moça boazinha” ao profissional de Serviço Social se deve ao senso comum de que a ajuda e o cuidado do outro são atribuições da figura feminina.
FALSO= O assistente social trabalha com os pobres.
VERDADEIRO= O trabalho não se restringe à pobreza. Entretanto, a realidade social e econômica do Brasil faz com que o trabalho do assistente social seja, em grande parte, com a população mais empobrecida da sociedade. Ao afetar direitos, a ação profissional atinge outras parcelas da população.
FALSO= Qualquer um faz Serviço Social, inclusive políticos e religiosos
VERDADEIRO= A expressão “Serviço Social” é privativa de uma profissão regulamentada, que só pode ser exercida por assistentes sociais. Não se deve usar esta expressão para identificar práticas assistenciais.
FALSO= Assistência Social=Assistencialismo=Serviço Social
VERDADEIRO
Assistência Social= é uma política pública de atenção e de defesa de direitos, regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social. Destina-se à população mais vulnerável, com objetivo de superar exclusões e defender e vigiar os direitos de cidadania de dignidade humana.
Assistencialismo = é o contraponto do direito,da proteção social ou seguridade social. É um acesso a um bem através de uma doação. Com o assistencialismo não há a garantia de cidadania, pois o acesso a condições plenas e dignas de vida dos cidadãos é conseguido através de favor, à espera da boa vontade de interesse de alguém.
Serviço Social = é uma profissão que atua no campo das políticas sociais, entre estas, a da Assistência Social. Opõe-se ao assistencialismo através de uma prática que visa a expansão dos direitos e a emancipação da sociedade.
ORIGENS DO SERVIÇO SOCIAL EM MARIA LÚCIA MARTINELLI (2001)
PROF. CRISTIANE
MATERIAL AULA DO DIA 23 ABRILDefinição de Serviço Social: uma prática social, uma tecnologia social que objetivava conformar a classe trabalhadora à ordem social capitalista.
Marco das origens do Serviço Social Para a autora, em 1869, quando em Londres surgiu a Sociedade de Organização da Caridade, devido ao pacto entre a burguesia, Igreja e o Estado, surgiam também as “primeiras assistentes sociais, como agentes executoras da prática da assistência social (...)” (66)
PROTAGONISTAS NAS ORIGENS DO SERVIÇO SOCIAL
- IGREJA
- ESTADO
- BURGUESIA
- PROLETARIADO
- O PROLETARIADO
Com a transição do feudalismo para o capitalismo (capitalismo mercantil), muitos camponeses foram atraídos para os centros comerciais e viraram artesãos.
Com o desenvolvimento do processo de industrialização, tanto os camponeses quanto os artesãos passaram a viver do salário.
A QUESTÃO SOCIAL
As condições precárias de trabalho;
Os baixos salários;
A exploração do trabalho da mulher;
A exploração do trabalho infantil,
contribuíram para a organização da classe trabalhadora.
A BURGUESIA
Proprietária dos meios de produção;
Objetivava a concentração de riquezas, necessitando, para isso, explorar a força de trabalho do proletariado.
A organização dos trabalhadores ameaçava os objetivos da burguesia.
O ESTADO
A composição do Estado, no sistema capitalista, se formava de representantes das classes economicamente dominantes (burguesia e proprietários rurais). Nesse sentido, o próprio Estado, bem como as leis, protegiam os interesses das classes dominantes.
A IGREJA
Sempre influenciou os governos, a ciência, a filosofia, a educação etc.
Com as origens do sistema capitalista, o poder da Igreja também vinha sendo questionado. Ao mesmo tempo, a Igreja era uma das instituições que vinha desenvolvendo um trabalho junto às populações mais pobres, com uma filantropia organizada através da senhoras católicas e várias instituições como abrigo, hospitais etc.
ALIANÇA ENTRE BURGUESIA, IGREJA E ESTADO
A organização dos trabalhadores mostrava que a burguesia precisava de novas estratégias, além da força, para se manter no poder e continuar o processo de acumulação capitalista. Havia a necessidade de construir formas de conseguir estabelecer o consenso junto às classes populares e trabalhadoras para a manutenção do sistema vigente.
Como estratégia, a burguesia utilizou-se da filantropia, incentivando a sua organização e sistematização, como o cadastro dos assistidos, a utilização de inquéritos sociais, as visitas domiciliares e possibilitando o treinamento e a formação de novos “agentes da assistência” para veicular, junto a classe proletária, a ideologia dominante. Assim, visavam frear e desorganizar o movimento dos trabalhadores, passando a idéia de que o capitalismo era inevitável e irreversível e que era uma ordem social justa e adequada. (61)
“Assim como havia cooptado o Estado burguês para promover, ao longo do tempo, medidas políticas de proteção ao capital, a burguesia tratou de fortalecer sua aliança com os filantropos, transformando-os em importantes agentes ideológicos, responsáveis pela socialização do ‘modo capitalista de pensar.”(64)
OBJETIVOS DA RACIONALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
“(...) através de sua ação (...) pudessem afastar as ameaças que pairavam sobre o horizonte burguês e que se expressavam pela incontida expansão da pobreza e pelas persistentes investidas da classe trabalhadora.”(64)
“Era para criar suas bases de sustentação, capazes de garantir a irreversibilidade do capitalismo, que a burguesia desejava utilizar a prática social dos filantropos, entre outras estratégias. Utilizando-se da facilidade de acesso desses agentes à família operária, a classe dominante pretendia transformá-la em um expressivo veículo de sujeição do trabalho às exigências da sociedade burguesa constituída, em um instrumento de desmobilização de suas reivindicações coletivas.”(65)
SURGE O SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social surge como “uma profissão que nasce articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês, gestada sob o manto de uma grande contradição que impregnou sua entranhas, pois produzida pelo capitalismo industrial, nele imersa e com ele identificada como a criança no seio materno, buscou afirmar-se historicamente (...) como uma prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de servir.” (66)
CRIAÇÃO DAS PRIMEIRAS ESCOLAS DE SERVIÇO SOCIAL
1899 – Escola de Filantropia Aplicada (Training School in Applied philantropy). Nova Iorque, EUA.Deve-se a Mary Richmond a organização dos primeiros cursos de Filantropia Aplicada, sob a responsabilidade da Sociedade de Organização de Caridade.
“Acolhendo a concepção dominante na sociedade burguesa de que aos problemas sociais estavam associados problemas de caráter, Richmond concebia a tarefa assistencial como eminentemente reintegradora e reformadora do caráter. Atribuía grande importância ao diagnóstico social como estratégia para promover tal reforma e para reintegrar o indivíduo na sociedade.” (106)
Em 1919, a Escola de Filantropia Aplicada incorporou-se à Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, EUA, denominada de Escola de Trabalho Social.
1899 – fundação da primeira escola européia, Amsterdã, Holanda.
Inicia-se, em Berlim, Alemanha, cursos para agentes sociais contribuindo para a criação da primeira escola alemã, em 1908.
Ainda em 1908 fundava-se na Inglaterra a primeira escola de Serviço Social, incorporada à Universidade de Birminghan.
Em 1911 foi fundada uma escola em Paris, França, com orientação católica e outra em 1913, sob orientação protestante.
A escola católica será um pólo irradiador do Serviço Social de bases católica em toda a Europa.
As décadas de 20 e 30 marcam a expansão do Serviço Social europeu.
Em 1925, surge na Itália, durante a I Conferência Internacional de Serviço Social, em Milão, a União católica Internacional de Serviço Social (UCISS).
COMO DENOMINAR A NOVA PROFISSÃO?
Devido aos inúmeros termos para designar o trabalho desses novos agentes sociais: ação social; bem-estar social; assistência social; beneficência; caridade; e filantropia aplicada, impedindo que se pudesse ter uma idéia mais clara a respeito da natureza dessa atividade, Richmond começou a utilizar a expressão “trabalho social ”(...) e a fazê-la de maneira cada vez mais sistematizada. Em um de seus trabalhos, em 1907, Richmond define Social Work como “uma operação essencial para a reintegração social do ser humano.” (109) Foi em 1916, na I Conferência Nacional de Trabalhadores Sociais, em Nova Iorque, EUA, que Richmond apresentou a proposta de denominar a nova profissão como Social Work e seus agentes como trabalhadores sociais.
Objetivava-se com a nova nomenclatura deixar mais evidente a dimensão profissional bem como diferenciar-se das ações voluntárias de caridade.
PRIMEIROS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL
- Tribunais de Justiça (área da infância);
- Saúde;
- Educação.
- abordagens individuais;
- inquérito domiciliar;
- diagnóstico social;
- visitas domiciliares;
- grupos.
Serviço Social americano: psicologia e psicanálise (abordagens individuais, objetivando controlar conflitos e desajustes individuais);
Serviço Social europeu: Buscou-se bases na sociologia, na economia e na pesquisa social. Influências de Auguste Comte e Émile Durkeim.
Queriam agir sobre a sociedade, objetivavam apreender os problemas sociais em suas manifestações mais simples.
BIBLIOGRAFIA
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir. Serviço Social: identidade e alienação. Capítulo I. 7a ed. São Paulo: Cortez, 2001.